rir com ele... por que não...?
parece haver uma barreira intransponível entre dois mundos que ela também não sabia se queria misturar.
as escolhas carregam um peso bruto total.
e nessa escolha não cabia mais nada além da enebriante fumaça densa de uma tonelada por metro cúbico.
de que valem dois olhos de incêndio?
ela estava enebriada pela fumaça.
até a lua era cheia e vermelha, mas nela tudo míngua.
um sonho de pessoas desconhecidas que se amavam. se amar é tão deus.
ela mantinha-se de pé no inferno.
e nem o inverno faria o outono, o karma, o sangue, o carmim cessar.
porém, se ela fica, morre.
morre dos botões de flores que não ve, ou de não dormir envolta nos véus de estrelas e no grande manto do divino,
e da ausência do riso...
aquele que suspende a névoa no espaço e encanta o entrelace dos dedos que as almas que caminham juntas precisam se dar.
alaranja
e cai.
15/04/14