saia da sala
se liberte da cela
domingo, 25 de agosto de 2013
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
branco é branca
acordo
no pântano lamacento da saudade
esqueci que a cidade
me deixa à parte de você
pinta
tuas cores mais insanas
não há de haver santas
humanas
aonde estiver
branca
ô branca.
ar de vida de mulher.
seja gêmeo de mim e pulsa
me pega pelo braço e foge
de mim, de ti, do que vier
branca
ô branca
faz de mim o que tu quer.
corpo nu, desejo, chama
me chama, me ama, me engana, se quiser
me tranca de novo em seu quarto
puxa a trança dos meus cabelos opacos
antes que a saudade profane minha fé.
no pântano lamacento da saudade
esqueci que a cidade
me deixa à parte de você
pinta
tuas cores mais insanas
não há de haver santas
humanas
aonde estiver
branca
ô branca.
ar de vida de mulher.
seja gêmeo de mim e pulsa
me pega pelo braço e foge
de mim, de ti, do que vier
branca
ô branca
faz de mim o que tu quer.
corpo nu, desejo, chama
me chama, me ama, me engana, se quiser
me tranca de novo em seu quarto
puxa a trança dos meus cabelos opacos
antes que a saudade profane minha fé.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
cristais (ou a dança das sete águas)
dentro do rio menina moravam sete águas
e o rio menina não sabia dançar.
haviam águas de escorrer,
águas de batizar
água de nascimento
água de tormento
e água de limpar
águas de espelho
águas de mistério
água doce mansinha
e o rio menina só queria jorrar
oxumaré remexia as ancas aqui
iemanjá trazia o rebento de lá
mãe nanã vinha com as águas do ar
tétis, filha de gaia, paria gotas infinitas
e as sereias cantavam pro sol pousar
sarasvati reluzia os sete de além mar
peixes sonhava em constelação
câncer se compadecia da situação
e fluía escuro o sombrio escorpião
cachoeira.
onde deságua gozo e deságua dor
profundeza de tudo é o estar
o rio menina não sabia fluir,
o rio chorava o sal do mar.
e o rio menina não sabia dançar.
haviam águas de escorrer,
águas de batizar
água de nascimento
água de tormento
e água de limpar
águas de espelho
águas de mistério
água doce mansinha
e o rio menina só queria jorrar
oxumaré remexia as ancas aqui
iemanjá trazia o rebento de lá
mãe nanã vinha com as águas do ar
tétis, filha de gaia, paria gotas infinitas
e as sereias cantavam pro sol pousar
sarasvati reluzia os sete de além mar
peixes sonhava em constelação
câncer se compadecia da situação
e fluía escuro o sombrio escorpião
cachoeira.
onde deságua gozo e deságua dor
profundeza de tudo é o estar
o rio menina não sabia fluir,
o rio chorava o sal do mar.
amanhã voar
a carne é tão apegada ao chão quanto a alma ao luar.
brinca comigo, amor, que eu te dou uma rosa
rosa branca com perfume de nuvem adocicada
e essa rosa é tão irremediavelmente branca...
que vem o tempo e subitamente sopra
e as pétalas voam e compõem uma nuvem
tão doce e tão efêmera
quanto o perfume
a essência
amor.
19/07/2013
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