quarta-feira, 7 de agosto de 2013

branco é branca

acordo
no pântano lamacento da saudade
esqueci que a cidade
me deixa à parte de você

pinta
tuas cores mais insanas
não há de haver santas
humanas
aonde estiver

branca
ô branca.
ar de vida de mulher.

seja gêmeo de mim e pulsa
me pega pelo braço e foge
de mim, de ti, do que vier

branca
ô branca
faz de mim o que tu quer.

corpo nu, desejo, chama
me chama, me ama, me engana, se quiser
me tranca de novo em seu quarto
puxa a trança dos meus cabelos opacos

antes que a saudade profane minha fé.

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