domingo, 24 de outubro de 2010

Do Ser e Seu Eu

A vida é ensaiada de novo. A vida é um sopro divino no tempo.
Ah, criação esquisita essa, que se foca como o grande mártir e se esquiva do mundo caindo ao seu redor...
Seria esse um erro dos deuses? Dar vida a quem já nasce com o corpo vivo e a alma morta? Em dor e em medo somos todos doutores.
Que intensidade de penúria é a referência humana? Será a dor física, ou ainda, a emocional?
Disso não posso dizer. Apenas sei que carrego em meus ombros o peso do mundo. Levo a desgraça humana sintetizada no meu "eu".
Há quem me chame egoísta ou não entenda o motivo de tanta tristeza. E a eles eu posso dizer: Quem, nessa vida, sentiu a tristeza verdadeira reconhece a sua beleza. E quem, nessa vida, chorou, sabe o valor de um sorriso.

...Mas ainda assim caem as lágrimas como singelos cristais.


20/09/10

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