O poeta está triste, triste
Perdeu a musa, sua amada
E pensando n'outra que o conquiste
Foi buscar outra namorada
Foi num show, nada achou
No teatro, só boato
No ballet, quanta mulher!
E parado no banco da praça
Mirou o chão desolado
De tão sem graça
Nem olhou do seu lado
Ao contrário, ouviu o chamado!
A cigarra cantava suas dores de amor
Mas que favor!
Ver-se-há a paixão dela pela formiga
E vejam só como é a vida
Ela entendeu que a musa partiu
E num gesto tão gentil
Fez canção pra todo o povo
Fez o poeta: pegou o violão
E saiu por aí vociferando paixão.
(Mas cuidado poeta!
Pois a mesma cigarra não canta de novo).
15/05/10
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