quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Poeta Diante do Efêmero

O poeta está triste, triste
Perdeu a musa, sua amada
E pensando n'outra que o conquiste
Foi buscar outra namorada

Foi num show, nada achou
No teatro, só boato
No ballet, quanta mulher!

E parado no banco da praça
Mirou o chão desolado
De tão sem graça
Nem olhou do seu lado

Ao contrário, ouviu o chamado!
A cigarra cantava suas dores de amor
Mas que favor!

Ver-se-há a paixão dela pela formiga
E vejam só como é a vida
Ela entendeu que a musa partiu
E num gesto tão gentil
Fez canção pra todo o povo

Fez o poeta: pegou o violão
E saiu por aí vociferando paixão.
(Mas cuidado poeta!
Pois a mesma cigarra não canta de novo).


15/05/10

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