domingo, 5 de agosto de 2012

há de amar pra consertar

me disseste que fizesse algo lindo seu com nome forte
embrulhei-me na certeza de só pulsar pro lado norte
linda a vida amanhecida da janela do segundo andar
como é doce a partida de quem não quer deixar

palavras soltas desconexas não parecem me exprimir
queria escrever-te que por nada quero te ver partir
fazer soneto, rima boa, nada assim de tom banal
mas escrevo de amor puro e isso é coisa natural

realidade é incapaz de descrever peito que chora
você pra mim deitado de costas, a agonia do agora
como é linda toda essa confusão, o peito bate
o medo de reviver a dor antes que ela me mate

o ato que enfim une macho e fêmea, carne crua
como te amo quando me entrego intensa e pura
como me perco em teu cabelo encaraco-solar
e me sou de teu semblante tão lindo de olhar

mas não é só o que te quero dizer, então apago tudo
escrevo outras mil coisas que deixam longe o descuido
o presente presenteia meu corpo junto a seu gingado
bom dia, meu amor, acordei de novo ao seu lado.

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