Não hei de dedicar-te mais um soneto ou palavra
Acontece-me ocupar do urgente
E não há nada mais urgente em teu pardo
Nada me alicia à tua flacidez moral
Esta é tua última fotografia.
Não mais me preencherá do raquitismo
De corpo que ao amor transborda
E fica adiado aquele telefonema ameno
Meus ouvidos carecem do urgente
Urge, em mim, a deusa adormecida
Deusa incontentada dentro da mulher leoa.
O quartzo do futuro palpita em meu peito
Meu quarto não tem mais teu cheiro
Meu corpo anseia um mar lilás.
E em nada me dói as sete fêmeas no seu rastro
Exausta, recompus-me no no cansaço
Guarde suas ladainhas para o couro e o coro de necessitados
Que em seu redor respiram procissão.
Meu corpo anseia um mar lilás
Nunca mais amar em vão.
01/02/2013
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