ela amava o seu coração. mas será que amava o coração personificado? bomba emocional sempre por explodir?
amava como os romances mandam amar.
romantizava o real e irrealizava desde as beiradas. ou amava o seu seu coração? bomba muscular, já tonificado por tantas acelerações... se ela pensava assim, gostava do narcisismo de possuir um coração. o coração dela, então, não saberia o que é amar.
ou era dele ou para ele que vinha ou ia o amor?
dentro dela existia um coração. exotérico e esotérico.
quem ou de quem quer que fosse, ou qual função assumisse, nada. a única coisa que ela sabia é que, embora as ideias amorosas viessem de uma entidade opressora irreconhecível,
antes das lágrimas escorrerem pelo rosto,
elas inundavam o coração.
- "deus, aonde você mora quando tudo transborda?" -
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