segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Captação da Imagem em Lares Opostos



Derrame seu pranto (santo) no calor de meio-dia
Quem ouvirá teu choro notívago?
Adormecem homens e as juntas e o corpo.
Dói a carne que sou e a que como
E doem os tinos timbrados dos sonhos
Lavei. Levei e fui no anteposto.
O que é aquilo e aonde me ataca?
Aquilo qualquer mais digno
Do que carregar essa existência
Que transforma códigos em informação.
Aonde eu moro em algum lugar lá fora?
Na mendicância do amor que a mim mesma desconheço...
Moro, de certo, no frêmito dos ventos
Nos lares onde ele passa apagando o fogo
E na imperceptíveis oscilações capilares.
Tu que lês um poema sem propósito,
Jamais saberias da tortura de escrever.

Eu sou a minha palavra.
E a minha palavra salva todos os dias a minha vida.

Lavrei.
Jurei-me íntegra e despedaço.


30/06/2013

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