Eu e a fumaça e a nudez
O quadro da tortura à lucidez
Do meu corpo puro de amor
No quarto da cruz e do terror
Diminuta dentro do que existe
A Seiva Bruta, corrosiva e ilustre
Caem os panos da tragédia (triste)
Às sombras silenciosas do lustre
Eu de algozes branca e lívida
E os algodões crus dos sonhos
Projetam a cruz em meus ombros
Proteger é necessidade de vida
Me engole a cama e o chuveiro
Nas têmporas, as marcas dos dedos
Sentindo o sujo do sêmen
Agosto. À gosto do homem
Desfalecida
De nojo do falo
E das sereias malignas
Nuas e podres como Moscas mortas
Reajo, solfejo, bocejo ou grito?
Desisto!
O que não existe há de ser mais bonito
Eu me encerro no segundo fato
Entre a lembrança (seis e um ato)
Eu choro como cachoeira fria
E danço com a morte dentro da porta.
(28/08/13)
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