sexta-feira, 15 de abril de 2016

ácido-cítrica

a viscosidade da minha seiva descendo pela sua raiz:
garganta molhada e cheiro de terra.
o sal da língua como flecha e o lábio que é arqueiro.

passaram-se prédios e prédios desde a última vez que nos amamos.
o espaço se transforma em inorgânica mutabilidade estéril

porque viver sem o peso da sua mão entre as minhas pernas
é contar andanças de ponteiro e grãos de areia que caem.

tenho urgência do laranja daquele gosto.

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