Acordei, estava uma chuva cálida
Não havia frio, nem calor
Parece que esse tempo aflora o poeta
Como se o sol, pétala por pétala
O crucificasse e desfizesse flor
Procurei pela cama um lençol
De proteção
Lençol esse que me destrairia
Na manhã quente, na noite fria
Da minha imensa solidão.
Então me sentei, olhei ao redor
Da janela vi as árvores molhadas
Que me traziam estranha lembrança:
Eu era donzela, e sorria imaculada
Em meio a toda aquela dança.
final de 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário